Boa semana #295 – Quem gosta de comida de conforto?
Quem não gosta da chamada comida de conforto? Principalmente nesta altura do ano, está frio lá fora, ficar aconchegado no sofá com aquela comidinha que alimenta mais a alma do que o corpo, quem nunca?
A primeira vez que ouvi falar de alimentação emocional devia ter os meus 17/18 anos, neste momento tenho bastante consciência que faço muito disso, comer pela emoção mais do que pela nutrição em si. Mesmo com consciência disso e com consciência de que é um péssimo hábito em diversos sentidos, não é nada fácil mudar.
Mudar implica trabalhar as emoções, fazer um enorme trabalho que nem sempre nos sentimos preparados para isso. Eu pessoalmente tenho imensa dificuldade em trabalhar as minhas emoções, então vou ficando muitas vezes pela comida de conforto.
Creio que o tipo de comida de conforto deve variar de pessoa para pessoa. Mas regra geral não é a alimentação mais saudável! Sabores mais intensos, doces ou salgados, mais calóricos! Normalmente pouco saudável em si e ainda menos nas quantidades!
O que para mim são comidas de conforto? Normalmente um bom bolo de caneca com bastante chocolate derretido lá pelo meio, ou então uma caixa de gelado nos dias mais quentes! De salgados é sem dúvida a pizza com bastante queijo… Aquele assalto ao armário dos doces de madrugada… não é bem fome, não é?
Neste ano muita gente terá feito uma alimentação emocional sem se calhar de dar conta disso. Muito se falou nas redes sociais de engordar este ano, mas não comemos mais propriamente por estar em casa, as nossas necessidades nutricionais sem o movimento do dia-a-dia serão até menos.
Mas a volta que a vida levou mexeu e muito com as emoções, com mais ou menos consciência disso! Então surge o comer como tentativa de reequilibrar essas emoções! Mas o conforto é momentâneo e na realidade não muda nada a não ser o peso que vai subindo e a saúde que vai piorando! O que pode gerar mais emoções negativas, mais desequilibro, mais necessidade de recorrer a comida de conforto… bem, estão a ver não é? É uma pescadinha de rabo na boca!
Quem me dera que fosse simples alterar isso, mas pode não ser! O primeiro passo é sem dúvida ter consciência disso, ter consciência das nossas emoções e perceber se quando sentimos necessidade de comer é por realmente se estar a sentir fome ou se é apenas uma tentativa de compensar alguma coisa!
Depois passa claro por uma força de vontade para resistir a essa comida, esta é a parte difícil para mim!
Mas o mais importante que tudo é trabalhar o que está por detrás da vontade de comer de origem emocional. Que emoções, que situações estão presentes nesse momento que desencadeiam essa necessidade?
Todos de vez em quando temos esta necessidade de comida de conforto, mas quando se torna um hábito frequente torna-se também uma situação preocupante. E lidar com a fome emocional sozinha pode ser muito difícil e a ajuda de um psicólogo para aprender a trabalhar as emoções pode ser essencial.
Por aí? Como anda a alimentação emocional e a necessidade de comida de conforto neste ano tão difícil?