A gravidez do R foi a minha sexta gravidez, perdi as primeiras duas ainda no primeiro trimestre. Foi uma gravidez que teve tanto de planeado como de inesperado. Assim como foi a mais desafiante a nível físico, não só por já ter três filhos, mas principalmente pelos problemas físicos que surgiram logo muito cedo.

Foi planeada, fiz um extenso check-up, desde análises clínicas com todos os parâmetros importantes para uma gravidez. Como várias ecografias, ao coração, rins, fígado, visicula. Tive o ok de diversos médicos que me acompanham: a de cirurgia vascular, alergologia que acompanhou de perto a gravidez, o obstetra, o cardiologista e o gastroenterologista.

Removi o DIU e poucos dias depois de o ter feito estava com enormes perdas de sangue que duraram mais de 15 dias. Três semanas depois de pararem voltam a repetir-se. Na terceira já não foram tão fortes mas mesmo assim bem mais fluxo do que tinha antes de colocar o DIU e durante bem mais tempo.

E pronto foram apenas estas três! Inicialmente nem pensava que fosse gravidez, tinha passado super mal antes de vir as menstruações anteriores, uma TPM bastante acentuada com enjoos, tonturas, tensão mamária, dores. Por isso, quando este sintomas começaram achei que fosse apenas isso, mais uma terrível TPM.

Ao fim de 15 dias de atraso da menstruação andava super cansada, não aguentava nada no estômago e tudo o que eram cheiros me enjoavam então resolvi fazer o teste de gravidez e para minha surpresa fui agraciada com uma gravidez. Ainda nem tínhamos começado a tentar a sério. Quando cheguei ao consultório do meu obstetra até ele ficou surpreendido por eu já estar grávida.

Tendo eu ovários policisticos e as grandes hemorragias que tive após a retirada do DIU não se esperava de todo que acontecesse tão cedo. Era esperado que o corpo levasse uns seis meses a regular, mas o R decidiu surpreender-nos!

Não tínhamos planeado a época dos miúdos a contar que eu engravidasse ainda antes dela começar! O que complicou bastante este ano e tornou esta gravidez particularmente desgastante.

Nas primeiras 15 semanas tinha um cansaço enorme, ia para a cama com os miúdos às 21horas e dormia sem problemas até às 6horas da manhã, levantava-me super cansada e depois de os meter todos na escola ia dormir novamente! O cansaço tinha tomado conta da minha vida e com três crianças em casa não era bom.

A partir das 13horas começavam a chegar a casa e era hora de meter tudo no lugar: roupa, louça, casa, atenção aos miúdos, refeições, levar às atividades nos dias em que era preciso! Ia para o estádio da luz enquanto o pai levava os outros dois. Mas isto não durou muito!

Os enjoos nestas primeiras 15 semanas também foram terríveis, valia-me o nausefe, que dava uma ajuda, não podia faltar, mas mesmo assim não era suficiente para me fazer parar de vomitar. Eu que adoro infusões passei a não suportar o cheiro de nada, beber água era praticamente missão impossível, vinha logo para fora. E o calor que não dava tréguas!

Valiam-me as frutas, principalmente a melancia que tem uma grande percentagem de água e que me permitia manter os níveis de hidratação, mas não o suficiente para a minha síncope, então as tonturas era mais que muitas.