Boa semana #159 – A gravidez do R (parte 2 de 3)
E com o primeiro trimestre a aproximar-se do fim veio o rastreio do primeiro trimestre, depois do que tinha acontecido na ultima gravidez eu não o queria fazer mesmo por nada, não me servia de nada. Eu ia manter a gravidez independentemente do resultado, não ia fazer uma amniocentese, por isso não via a necessidade!
Mas o meu medico acabou por me dar a volta, que se houvesse alguma coisa podíamos sempre fazer o teste harmony que não era tão evasivo
Uma semana e meia depois fomos fazer a eco do primeiro trimestre, a T também foi, a seguir ia para a ginástica. E ficou super contente de ver o bebe no monitor, tornou-se real para ela ali. Ela que tanto queria um bebé, finalmente ia ter um! Na eco estava tudo bem, ouvir o coraçãozinho do bebe a bater continua a ser maravilhoso!
Os resultados da eco foram combinados com os resultados sanguíneos que já estavam no programa e sinceramente foi um alivio ver que eram negativos. Os exames para já indicavam que tudo estava bem com o bebé e eu podia respirar de alivio por um tempo!
Por volta das 15 semanas quando os enjoos começaram a dar uma trégua, começaram as dores. Vinham das costas, apanhavam-me a anca e acabavam por me provocar contrações e andar começou a tornar-se difícil.
Ás 18 semanas vi-me aflita para chegar ao estádio e depois da T entrar para o treino resolvi telefonar ao meu médico, que me disse para passar na urgência do hospital, estava lá um colega dele , para chegar lá e pedir para ser vista por ele. Telefonei ao meu companheiro para vir ficar à espera da T para eu poder ir ao hospital. Deixou-me no hospital, que é mesmo ali ao lado, mas a andar era mesmo muito difícil para mim e voltou para o estádio com o L esperar que a T saísse.
Entretanto no hospital o médico foi super atencioso e fez questão de descartar tudo. Fez eco para ver o bebé, que tinha o cordão à frente e não quis mostrar o que era. Havia a suspeita de ser um menino mas não havia ainda a certeza. Viu o tamanho do colo do útero que estava pequeno mas ainda uns milímetros acima do que me obrigaria a um repouso absoluto.
Pediu análises ao sangue e análises à urina para descartar possíveis infeções. E acabei com o diagnóstico de disfunção sínfise-púbica, um problema osteo-muscular que afeta algumas gravidezes. Era isso que estava a provocar as contrações, nesta fase não havia muito a fazer. Tomar magnésio, paracetamol sempre que necessário para aliviar as dores e a palavra de ordem era mesmo repouso, o máximo possível permitido com três crianças em casa…
Ainda nem a meio estava a gravidez e tudo indicava que o percurso ia ser complicado no restante tempo e a verdade é que assim foi!
À medida que o tempo ia passando realizar qualquer tarefa ia-se tornando cada vez mais complicado. Andar era cada vez mais devagar, levava o dobro do tempo a percorrer distancias que fazia num instante.
Dormir ia-se tornando também cada vez mais difícil, estar deitada de lado causava-me dores enormes na anca. Conseguia estar muito pouco tempo de cada lado, estava constantemente a virar-me, acordava com as dores e a minha qualidade de sono era cada vez menor. Andava exausta e com três miúdos para cuidar não foi fácil!