Um diário de cura é das minhas ferramentas preferidas na minha jornada de desenvolvimento pessoal. E não é de agora, já o era nos meus tempos de adolescente mesmo sem eu ter noção deste conceito de diário de cura. Mas a nossa intuição sabe sempre o que é melhor para nós. Só tenho pena de durante muitos anos ter deixado de usar!

Podemos chamar-lhe diário de cura ou simplesmente diário, ou então como se ouve muito agora de journaling. O nome que lhe damos não é importante, mas sim os seus benefícios, este hábito pode ser uma poderosa ferramenta durante um processo de cura. E não só de cura, é também uma poderosa ferramenta para conhecimento pessoal, do nosso corpo e para ajudar a mudar hábitos!

Eu sempre gostei bastante de escrever e a verdade é que em adolescentes tinha o meu diário de cura. Claro que na altura apenas lhe chamava diário. Mas o conteúdo era uma mistura entre o simples relato de coisas do cotidiano alternado com grandes reflexões e um grande libertar de emoções.

Há bem pouco tempo voltei atrás para ler todos esses meus relatos dos tempos de adolescente. E a surpresa foi tão grande, a montanha-russa de emoções e como certas situações se desenrolaram, que eram guardadas na minha memória de forma bem diferente.

 Esta leitura permitiu-me perceber alguns padrões de comportamento que já tinha na altura. E agora esse autoconhecimento permite-me fazer as mudanças necessárias para continuar a avançar na minha jornada

Escrever pode ser muito útil a lidar com as emoções do dia-a-dia, com as situações diferentes que vão surgindo, com problemas que precisam de ser resolvidas. Pode ajudar também a perceber a origem de alguns sintomas e assim facilitar a cura. Ajuda a libertar tensões, a melhorar o foco, a organização mental, melhora a inteligência emocional, a autoestima, autoconfiança, ajuda a lidar com ansiedade e stress. Se bem usada pode ser uma ferramenta importante para melhorar a nossa vida.

E é muito simples, basta ter um caderno e reservar um pouco de cada dia para refletir sobre o dia e as emoções. Quando se quer perceber a causa de algum sintoma faz-se um resumo mais detalhado do dia. Onde se inclui os alimentos ingeridos, horas de sono, situações de stress, exercício físico, todos aqueles pequenos detalhes que podem influenciar e com o tempo podemos ir cruzando dados e chegar à origem do problema.

Não é obrigatório que seja uma prática diária, mas quanto mais regular mais resultados vai ter. Eu gosto de reservar 20 minutos e escrever enquanto oiço subliminais. Nem sempre escrevo todos os dias, mais quando sinto necessidade, mas de forma regular. E esta necessidade é muito individual, tem que ser sentida.

Numa fase inicial será importante definir quantas vezes se vai escrever, algo que seja realista e simples para começar. E com a prática vamos ganhando essa sensibilidade de perceber quando precisamos de o fazer sem que haja uma regra especifica!

Quem por aí tem o hábito de escrever um diário de cura? Que outras ferramentas de desenvolvimento pessoal gostam de usar?