Boa semana #244 – Quadra de consumismo!
Com a aproximação do natal podemos dizer que estamos em plena quadra de consumismo! E esta quadra parece de ano para ano começar cada vez mais cedo, numa corrida louca para ver quem compra mais coisas nas inúmeras promoções que vão surgindo!
No outro dia vi pessoas a comentar uma publicação sobre as filas para o lidl no inicio do mês, por causa de brinquedos! Esta é daquelas que me ultrapassa completamente! Então as pessoas refilam das filas para comprar passes, de filas nos centros de saúde para marcar consultas para quem não tem médico. Ou mesmo do tempo de espera em serviços públicos e depois vão às 6horas da manhã para filas de supermercado para comprar brinquedos???!!!
Será que sou a única que acho isto estranho?
E depois compram toneladas de brinquedos, quando não têm capacidade financeira, só porque estão em promoção ou são bonitinhos??? Não estamos propriamente a falar de um bem essencial!
O consumismo em excesso já é mau quando se tem capacidade para pagar, mas quando as pessoas ficam a passar fome o resto do mês para irem às promoções de coisas que realmente não precisam, é algo que tenho mesmo dificuldade em perceber.
E esta época do ano é tão apelativa a isso, com grandes promoções, imensos anúncios em todo o lado que incentivam a comprar, empresas de crédito a dar uma mãozinha. E esta quadra passou a ser uma quadra de consumismo, onde muitos nem sabem a sua origem ou o seu significado.
Cá em casa não fazemos presépio, já fizemos mas deixou de fazer sentido para nós. Mas muitas pessoas fazem e no entanto não sabem o significado do que estão a fazer. É apenas tradição mecânica, como muitas outras.
Não sou de todo contra ter coisas, ou comprar as coisas que nos fazem sentido e que nos fazem sentir bem. Mas os excessos não são bons para ninguém, quem nunca fez compras de impulso e pouco tempo depois se arrependeu? Ou comprou coisas que ficaram arrumadas sem nunca terem sido usadas?
Eu fui criada com muito consumismo em casa e levei algum tempo a perceber que realmente não fazia sentido. E que realmente o comprar apenas por comprar não me acrescentava nada de bom. Foi um processo longo, que levou algum tempo, mas consegui chegar a um ponto em que apenas compro o que realmente preciso, o que me faz sentir bem e coisas que vão realmente ser usadas e não simplesmente arrumadas e esquecidas.
O mundo que nos rodeia apela ao consumismo e penso que é importante parar e pensar, se realmente necessitamos do que estamos a pensar comprar antes de nos deixarmos envolver nas suas redes.