Boa semana #241 – Só começou a andar aos 18 meses!
O nosso pequeno R foi, dos quatro, o que levou mais tempo a começar a andar sozinho sem nenhum apoio. Perdi a conta à quantidade de vezes que ouvi a pergunta: já anda?
O R foi adquirindo todas as capacidades motoras sempre um pouco mais tarde do que os irmãos. Só começou mesmo a gatinhar aos 12 meses, antes disso só rastejava. E também já tinha levado mais tempo a sentar-se sozinho sem apoio. Tinha todos os sinais de que iria começar a andar tarde. A bem da verdade ele não queria sequer tentar andar quando lhe dávamos as mãos. Aliás só começou a querer andar pela mão de forma mais consistente aos 17 meses!
Quase diariamente me perguntavam se já andava e comentavam em como estava atrasado, ou como ele até era leve e já devia andar. E que se chegasse aos 18 meses sem andar tinha que fazer fisioterapia. Chegou a um ponto que se tornou bastante enervante, parecia que o único tema de conversa era a aquisição da marcha do R!
Eu fui sempre dizendo que cada um tinha o seu tempo e como os irmãos andaram todos em tempos diferentes mas, claro que como mãe não conseguia deixar de sentir aquele nervoso miudinho e aquela ponta de preocupação em relação ao andar dele.
Mas a verdade é que os bebés têm mesmo o seu tempo e aos poucos começou a mostrar interesse em andar pela mão. Primeiro a dar as duas e depois a dar apenas uma, até ficar apenas com um dedo de apoio. E tudo isto se passou em cerca de 3 semanas.
Mas assim que sentia que lhe íamos tirar aquele dedo sentava logo o rabo no chão. Mas com as idas ao parque começou a ganhar confiança , primeiro um passo sozinho, depois dois. Logo a seguir andava desde que estivesse alguém à frente. E não tardou a começar a aventurar-se sozinho, primeiro curtas distâncias e foi aumentando.
E a verdade é que isto se passou tudo muito rápido, está agora com 19 meses e já anda com confiança rapidamente de um lado para o outro. Gatinhar agora é só mesmo quando está a brincar com os carrinhos.
Por alguma razão tinha medo, mas assim que percebeu que conseguia andar e ir para todo o lado sozinho desenvolveu super rápido. Tornou-se também muito mais autónomo e independente nas brincadeiras.
A aquisição de determinados marcos do desenvolvimento não é uma corrida, cada criança tem mesmo o seu tempo e é importante saber respeitar esse tempo. Eu sei bem que é impossível o coração de mãe não se preocupar quando as coisas levam um pouco mais de tempo do que o esperado.
No entanto, temos também que aprender a nos preocupar com moderação e por vezes dar ouvidos à razão. Mas principalmente não deixar passar essa ansiedade que sentimos para os filhotes. Nem sempre é fácil e o apoio é muito importante.
Por cá o pai nunca se mostrou preocupado e ajudou sem dúvida ter alguém que ajudava a diminuir a ansiedade e a olhar para a situação com mais clareza. A pediatra também nunca se mostrou preocupada e sempre reforçou que cada criança tem o seu tempo. Este tipo de apoio, ver o lado positivo ajuda imenso nestas fases em que a maioria parece só querer ver o lado negativo. Sem dúvida ter um acompanhamento de um bom pediatra é fundamental!
Portanto, sim, cada criança tem o seu ritmo de aquisição de competências, de crescimento, de sono, de comer. Não somos todos iguais e os bebés e crianças também não! E é importante saber respeitar as suas individualidades em todos os aspetos.