Boa semana #234 – Vidas corridas

Boa semana #234 – Vidas corridas

Tempo… sempre o tempo e a sua velocidade!

Hoje, num raro momento de pausa, o bebé estava a fazer a sesta e os manos apesar de já estarem em casa estavam entretidos nas suas atividades, aproveitei para beber uma infusão que eu tanto gosto e sentei-me a apreciar o movimento na rua.




Havia duas pessoas paradas a conversar com sacos de compras na mão, outras falavam enquanto deitavam o lixo fora e muitas outras passavam apressadas de um lado para o outro.

Lembrei-me de um conhecido que olhou para o meu pequeno, que brincava com os carros, e mencionou o quanto ele já estava grande, que parecia que ainda ontem era tão pequenino. Comentou como o tempo corre e como a vida é corrida, sempre de um lado para o outro! Sempre a olhar para o relógio e sempre atrasados para alguma coisa!

Então dei por mim a refletir nesta conversa enquanto observava as vidas corridas que passavam na rua. É verdade, dei por mim mais uma vez a pensar na velocidade a que vivemos nos dias de hoje, como o tempo parece passar a correr, parece que nunca paramos e para quê?

A vida já é tão curta e parece que raramente se para para realmente apreciar o que ela nos tem para oferecer! E não, não são coisas materiais…

Lembro-me dos tempos de criança em que o tempo parecia passar devagar, ou quando a minha filha se me atraso 5 minutos me diz: demoraste 500 anos! A perspetiva do tempo das crianças parece ser tão diferente da nossa, mas não estarão eles mais certos do que nós?

Numa aldeia normalmente a vida corre mais devagar, pelo menos ainda sinto isso quando vou à terra. Na cidade parece que o tempo passa mais depressa, entre filas de trânsito que nos fazem perder sempre mais tempo, os sítios distantes mas que parecem mais perto que nas aldeias, mas que na realidade nos fazem perder muito tempo para lá chegar! As inúmeras atividades que existem à disposição e o tempo, esse não estica e parece que voa!

E quando paramos para apreciar a natureza, a companhia um dos outros, a família? Quase nunca!

Então parece que temos muito que aprender com as crianças, aprender a valorizar o que realmente importa, aprender a simplesmente estar sem fazer nada, sem pensar no amanhã! Apreciar o hoje, o agora, as bênçãos que nos rodeiam!

Ter conforto é sem dúvida muito bom, mas não precisamos cair no exagero que nos leva a não ter tempo para apreciar esse conforto!

Gostava de voltar a sentir o mesmo que a minha filha, como se um minuto fossem 500 anos! Adoro o exagero dela! Mas quero mesmo sentir o tempo a passar mais devagar, quero uma vida menos corrida, com mais tempo para apreciar o que realmente importa!

E tenho tanto para mudar, um caminho para percorrer para lá chegar!

E por aí? Têm vidas corridas ou o tempo passa devagar?




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