Boa semana #221 – Avaria na linha amarela!

Boa semana #221 – Avaria na linha amarela!

Somos o que sentimos!

É tão simples que irrita e quando realmente percebemos a dimensão desta frase então dá-se o verdadeiro click que pode fazer toda a diferença na nossa vida!




Sim, mas o que tem isso a ver com a linha amarela? Bem, nada propriamente, foi apenas o que me fez pensar como numa grande cidade se pode estar sozinho no meio de uma multidão. Na falta de conexão que há entra as pessoas e mesmo quando as pessoas se tentam conectar connosco acabamos por desconfiar, por ficar na defensiva

Na semana passada a minha número três esteve a frequentar um campo de ginástica e num dos dias quando chegamos à linha amarela do metro havia uma avaria na sinalização, o que fazia com que o metro não estivesse a circular até onde queríamos. Esperamos um pouco e como nada se resolvia acabamos por sair para apanhar um autocarro. Foi uma longa viagem, um percurso de 10 minutos transformou-se em quase 1 hora!

Levava o mano ao peito, sentámo-nos e umas senhoras, já de idade avançada, que estavam sentadas de frente para nós começaram logo a meter-se com os miúdos, daquelas coisas que numa aldeia seria a coisa mais natural do mundo, mas depois de vivermos alguns anos na cidade, a desconfiança acaba por tomar conta de nós. O meu lado de aldeia dizia que não havia nada de mal ali, até acabei por conversar com as senhoras, responder amavelmente às questões normais sobre o pequeno e explicar o porquê do caos que estava instalado por ali naquele dia! Mas o meu lado de cidade agradecia por o bebé estar dentro da mochila bem coladinho ao meu peito!

O bebé acabou por adormecer, encostado ao meu peito e com a mão dentro da minha camisa para se certificar que a mama dele não ia a lado nenhum!!! A mana impaciente e ansiosa pela demorada viagem e eu ia observando a quantidade de pessoas que ia a pé. O imenso tempo que o autocarro levava em cada paragem pelas pessoas que tentavam entrar num autocarro já a rebentar pelas costuras!

Era tanta gente ali aquela hora, tantas vezes que ando no metro na mesma hora e nunca me tinha dado conta da dimensão de gente que por lá circula num curto espaço de tempo. Talvez por o metro também passar a cada 3 /4 minutos e com a avaria se ter juntado muito mais gente nas ruas, mas cada um envolvido no seu mundo, na sua pressa, no desespero de quem está em cima da hora e se depara com uma avaria. Uma verdadeira multidão de pessoas sozinhas no meio da multidão!

Costuma dizer-se que uma imagem vale por mil palavras e neste caso foi mesmo! Acabou por me levar numa viagem ao passado e ao encontro da minha essência que julgava perdida há anos, é interessante onde estão os nossos pontos de gatilhos!

E de repente, assim do nada, numa manhã que desviou do normal por causa de uma avaria na linha amarela, dou por mim a perceber a verdadeira dimensão da frase: somos o que sentimos!

O que sentimos fica espelhado na nossa expressão, dita muitas vezes as nossas ações, as nossas escolhas, a forma como nos apresentamos ao mundo! O grande problema é quando deixamos o que o mundo pensa de nós influenciar o que sentimos e ai nos tornamos no que o mundo pensa de nós ou vivemos na sombra do medo do que os outros vão pensar e não somos nada mais do que medo!

Ao perceber que realmente somos o que sentimos se percebe a importância de manter o nosso verdadeiro eu, de não deixarmos que pessoas negativas influenciem os nossos sentimentos, de não nos deixarmos abater pelas circunstâncias. É tão simples, tão básico e ao mesmo tempo tão difícil de alcançar!

Mas não é impossível, basta uma auto análise diária, uma consciência dos nossos sentimentos, de perceber se estamos a ser verdadeiros à nossa essência ou se nos estamos a deixar levar por tudo o que nos rodeia. Pode ser verdadeiramente transformador quando nos damos conta do poder de nos mantermos fieis à nossa essência!

E é isto: somos o que sentimos! E vocês, quanto mantêm da vossa essência atualmente?




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