Ontem estive a ver o filme Something New (Algo novo) que tinha já há algum tempo gravado na box e claro, mais uma estória de amor como eu gosto, daquelas que nos faz sonhar mas que ao mesmo tempo nos mostra o que podemos conseguir quando estamos abertos a experimentar coisas novas, a viver novas experiencia, a descobrirmo-nos a nós mesmos…

O filme conta então a estória de Kenya e Brian, sendo de culturas diferentes, raças diferentes, aparentemente sem nada em comum vão-se apaixonar e descobrir uma série de coisas novas.

O papel de Kenya é representado pela atriz Sanaa Lathan e o de Brian pelo ator Simon Baker, é um filme de 2006, já tem uns anitos valentes mas quem ainda não viu é sem dúvida um filme que vale a pena.

Kenya é uma contabilista que vive unicamente para o trabalho, pensa que pela cor da sua pele tem que se esforçar o dobro do que os outros e por isso nada mais faz senão trabalhar, sendo a sua vida amorosa um autêntico desastre apesar da sua carreira bem-sucedida. A sua casa também com uma decoração monótona retrata mais a personalidade da mãe do que de Kenya que vive demasiado agarrada ao que os outros pensam de si, mas conhecer Brian vai mudar o rumo da sua vida…

Conhecem-se num encontro às cegas e quando Kenya se apercebe que Brian não partilha a sua cor de pele fica incomodada e o primeiro encontro rapidamente termina, mas os seus caminhos voltam-se a cruzar numa festa de amigos em comum. Kenya fica impressionada com o trabalho de Brian que é jardineiro e tinha criado um fantástico jardim para a sua amiga. Tendo Kenya acabado de comprar casa que tem um jardim todo descuidado acaba por contratar Brian para cuidar do seu jardim.

E assim começa uma relação mágica, Brian vai ajudar Kenya a perceber quem ela realmente é, do que ela realmente gosta, sem se deixar influenciar por tudo o que a rodeia, vai desafia Kenya a experimentar coisas novas, coisas que ela antes nunca se desafiaria a experimentar tudo por causa da forma como foi criada.

Mas depois aparece Mark Haper (interpretado por Blair Underwood), ele é o tipo de homem que a família e amigas de Kenya acham que é certo para ela, seriam o casal perfeito, mesma cor de pele, mesmo gostos, mesma cultura, ele é bem-sucedido, era o homem perfeito! Será que Kenya se vai deixar levar pelo velho sonho ou vai abraçar o seu verdadeiro ‘eu’? Bem terão que ver o filme para descobrirem, se contar tudo perde a piada!

O que é importante destacar neste filme é a necessidade de por vezes olharmos para a vida de uma perspetiva diferente, de vermos as coisas com outros olhos, de nos atrevermos a ter experiencias diferentes, porque nunca vamos saber do que gostamos se não tivermos experiencias diversificadas.

Não nos podemos simplesmente agarrar aos que os nossos pais ou amigos pensam do mundo, não nos podemos limitar a ser o que os outros idealizam para nós, ser o que esperam de nós… por vezes é preciso largar essas expetativas, deixar alguém desiludido mas só nós podemos saber o que é melhor para nós, só nós podemos saber o que nos faz feliz, cada um tem a sua vida para viver e cada um faz as suas escolhas e tem que ser responsável por ela

Por acaso não me identifico nada com a Kenya, apesar de ter gostado do filme, acho que sempre fui um pouco mais rebelde, sempre gostei de procurar coisas diferentes, de ser diferente, sempre que me tentei enquadrar em expetativas ou em padrões de normalidade as coisas não correram muito bem, por isso gosto tanto do que faço, posso ser eu e é diferente do que seria de esperar, não são todas as pessoas que aceitam o desafio de criarem os seus próprios negócios a partir de casa, de terem a liberdade de decidir o que fazem com as suas vidas, eu fui uma dessas pessoas, juntamente com muitas outras, será que tu também és uma delas? Se achas que sim espreita aqui como podes começar o teu negócio…