Muitas vezes se diz que quando nasce um filho também nasce uma mãe, e eu penso que é bem verdade. E desengane-se quem pensa que só se aplica às mães de primeira viagem, não, é válido para os outros filhos, seja o segundo, terceiro e por aí fora…

Cada filho que temos vamos aprendendo, redescobrindo, mudando, evoluindo e nunca somos a mesma mãe que fomos para o filho anterior. Isto só se tornou bem claro para mim agora com o quarto filho.

Não só nós não somos a mesma mãe a cada filho como também cada filho é diferente, com a sua própria personalidade e as suas necessidades. E faz com que seja preciso estar sempre a aprender, a evoluir, temos que nos adaptar a cada novo ser!

E a aprendizagem, é tão grande ao longo dos anos. Quando olho para trás para quando nasceu a minha primeira filha comparando agora com o número quatro, foi tudo tão diferente, as coisas são feitas de maneira tão diferente. Mas acima de tudo há uma segurança muito maior, uma maior confiança em mim e nas minhas capacidades.

Os bitaites dos outros têm cada vez menos impacto à medida que vamos sendo mães de mais filhos e isso torna a maternidade mais leve, torna-nos mais felizes, com filhos mais felizes, como se de repente compreendêssemos melhor as necessidades do bebé, mas não é de repente, foi conseguido, aprendido ao longo dos outros filhos.

Claro que há muito que podemos ler, que podemos aprender da experiência de outras mães mas há coisas que só conseguimos aprender com a nossa própria experiência. Aprender a confiar na nossa sabedoria de mãe, no nosso instinto, na nossa capacidade de criar aquele ser pequeno e frágil que nos chegou aos braços.

Aprendi a confiar na minha capacidade de amamentar e que cada bebé cresce ao seu ritmo, que tabelas e percentis são apenas estatísticas. Cá em casa há percentis grandes e pequenos e está tudo bem.

Aprendi que os bebés precisam de colo e que não há cá colo a mais, nem vícios, nem manhas.

Aprendi que há bebés que gostam de chuchas, outros preferem o dedo e ainda outros que não gostam de chuchar, sim houve as três versões cá em casa. E está tudo bem, os bebés não são iguais.

Aprendi quando tenho que correr para o médico e quando apenas é preciso dar tempo para que se recuperem.

Aprendi que os bebés não gostam de dormir sozinhos.

Aprendi que os bebés preferem ser carregados aos carrinhos e de passei-o e como os carregar em segurança.

Aprendi que não há nada mais importante do que estar presente para eles.

Aprendi que eles crescem depressa demais e que é preciso aproveitar cada fase, as tarefas domésticas podem esperar.

Aprendi a viver com poucas horas de sono.

Aprendi que há bebes que gostam de papas e sopinhas e que há ouros que preferem comer sozinhos.

Aprendi tantas coisas, mas acima de tudo aprendi que cada bebé é um bebé, que cada criança é uma criança, todos são diferentes, que acima de tudo é importante respeitar as suas necessidades, que não livros de instruções universais porque eles são todos diferentes. As coisas não são iguais para todos, ganham peso de maneira diferente, atingem marcos em idades diferente, gostam de comer de maneira diferente e alimentos diferentes.

Aprendi que cada mamã sabe o que é melhor para o seu bebé porque cada bebé é diferente e a mamã que nasce com esse bebé também é diferente e adaptada a ele!