Boa semana #43 – As coisas que descobrimos por causa dos nossos pequenos
Nesta semana que passou acabei por ficar a saber que existe um bicho chamado lagarta do pinheiro, que é perigoso, da pior maneira possível…
Na semana anterior como te contei descobrimos a bactéria streptococcus que nos pregou um valente susto, esta semana mais um susto e desta vez o bichinho responsável foi a lagarta do pinheiro.
Estes últimos dois meses têm sido complicados em termos de saúde, daí eu também andar mais ausente, não só aqui como também nas redes sociais como já deves ter reparado se me acompanhas.
A verdade é que tentamos manter a rotina o melhor possível, tentamos que os imprevistos não alterem tanto a nossa rotina ao mesmo tempo que tento implantar as novas mudanças de que te falei há 15 dias, algumas delas surgiram mesmo no seguimento de algumas alterações de saúde e na procura de um maior equilíbrio físico.
Mas não tem sido fácil, primeiro com o internamento do L, depois nas primeiras semanas de janeiro foram as várias idas ao hospital para diversos testes e exames que nos permitissem perceber o que se tinha passado, depois a semana passada o susto com a T e esta semana novo sutos com a T… com isto tudo não houve uma semana desde o inicio deste ano que não tenha ido para o hospital ou centro de saúde com algum deles, sendo que na maioria das semanas deste ano foi mais que uma vez…
Os testes feitos ao longo da semana para detetar o streptococcus acabaram por ser todos negativos nos adultos e apenas a J acabou por dar também positivo, ou seja, estiveram todos a fazer antibiótico, a J é a única que ainda não acabou.
Mas na quinta-feira passada a pequena T resolveu pregar-me outro susto, quando acordamos ela queixava-se que tinha comichão e rapidamente me dei conta que tinha os braços, pernas, mãos, pés, orelhas cheias de borbulhas, claro que a primeira coisa que pensei foi na dita lagarta que tinha sido descoberta na escola no dia anterior, mas como não sabia nada dela acabei por ligar para a saúde 24.
A saúde 24 mandou-nos ir ao centro de saúde depois de fazerem uma série de perguntas, então depois de deixar os manos na escola lá fomos. Para variar aquele centro de saúde não funciona como deve ser, mas quando começamos a reclamar como que por milagre todos os impedimentos desaparecem e atendem-nos logo num instante, é lamentável que as coisas só funcionem assim, mas enfim…
Mas no meio de tudo, por acaso, a nossa médica de família até é impecável que assim que as rececionistas se deram ao trabalho de a informar ela veio logo que pode buscar a pequena T para a observar.
Como a pequena T não tinha febre tudo indicava que realmente fosse uma reação alérgica às lagartas, mas a médica também não tinha bem a certeza, então deu-nos medicação para a reação alérgica, mas viemos para casa com a indicação de que se as coisas piorassem irmos para a Estefânia, havendo sinais de febre ou de dificuldade respiratória era para ir imediatamente para lá sem esperar.
À noite e já após a medicação as borbulhas estavam ainda pior e o corpinho dela parecia quase uma mancha gigante, só continuava a escapar o tronco, quer à frente quer atrás, mas até a alergia da cara tinha alastrado…
Mas como continuava a não mostrar sinais de alerta deixamos passar mais um tempo e no sábado de manhã começou finalmente a melhorar, no entanto as manchas deixadas pelas borbulhas ainda não passaram…
A lagarta do pinheiro tem aqueles piquinhos brancos que se veem na imagem acima que são a sua forma de defesa, então quando lhe tocam, a pisam, ou atiram com alguma coisa ela liberta aquilo no ar. Aquilo em contato com a pele dá reações alérgicas, mas se entrar nas vias respiratórias pode causar problemas respiratórios e requer assistência imediata.
Este bicho é particularmente perigoso para as crianças e para os animais porque se sentem atraídos por elas, a forma como elas se deslocam em fila também chama a atenção de crianças e animais já que formam grandes filas. Há sempre a tendência de lhe quererem tocar o que depois desencadeia este tipo de reação.
As lagartas costumam largar os ninhos no pinheiro e ir para a terra entre os meses de fevereiro e maio, por isso, nada como estar atento quando se está perto de pinheiros e se tem animais ou crianças para que não lhes toquem.
Havendo conhecimento disto o que me deixa espantada é o fato de haver pinheiros nas escolas e não haver o devido controlo, que depois origina situações como as que passamos esta semana… sinceramente não percebo como se podem colocar assim crianças em risco…
E no domingo houve então o almoço de família que tinha estado agendado para a semana anterior, agora já não havia perigo de pegarem alguma coisa à pequena R, claro que andaram o tempo todo atrás dela, estilo o Rei manda, para onde ela ia eles também iam, foi engraçado de ver como eles faziam tudo o que ela queria e o cuidadosos que eram com ela, especialmente o L que adora bebés…
Esperemos agora que a próxima semana seja mais tranquila, com a história do carnaval os miúdos só vão ter escola na quinta e sexta-feira, por isso deve ser uma semana atarefada!