Rastreio Combinado do 1º trimestre
O rastreio combinado do 1º trimestre como o próprio nome indica é a combinação de 2 exames destinado a mulheres grávidas de qualquer idade
Para que serve este rastreio?
Ele serve principalmente para avaliar qual o risco do feto possuir Trissomia 21, Trissomia 18 ou trissomia 13.
Ele combina um exame ecográfico do feto, em que é determinado com precisão a idade gestacional, mas os dois elementos mais importantes deste exame é a medida da translucência da nuca (espaço subcutâneo localizado sobre a nuca do feto) e avaliar a presença de osso nasal. O segundo elemento do rastreio é feito no sangue da mãe e é medido a quantidade de PAPP-A (Proteína Plasmática A Associada à Gravidez) e ß-HCG livre (Subunidade ß livre da Hormona Gonadotrófica Coriónica).
A combinação do exame ecográfico, com o rastreio bioquímico e com a idade da mãe permite uma deteção de 97% dos casos…
Este rastreio deve ser feito entre a 11ª semana e a 13ª semana de gestação, sendo que o sangue deve ser recolhido primeiramente e a ecografia deva ser feita idealmente às 12 semanas, os dois exames não são feitos necessariamente na mesma altura
Qual a minha experiência com este rastreio?
Como sabem estive grávida 5 vezes, infelizmente nas primeiras duas gravidezes perdi os bebés numa fase inicial mas nas outras 3 gravidezes realizei o rastreio… Bem nas primeiras duas achei excelente, baixo risco achei que estava tudo ótimo, o meu conhecimento sobre este exame ainda era pouco e achei que as percentagens que eles davam eram boas em relação à precisão do rastreio, mas na minha terceira gravidez o caso mudou de figura…
Um belo dia estava eu descansada a ver televisão liga-me o meu obstetra muito calmo, como se fosse a coisa mais natural do mundo a dizer que o meu rastreio vinha positivo para trissomia 18… e que deveria marcar uma amniocentese para uma avaliação mais precisa…
Nem sei dizer bem o que senti, pouco sabia sobre trissomia 18 mas numa rápida pesquisa depressa percebi que o bebé não chegaria aos 2 anos e seria tempo passado em sofrimento… estava apenas de 13 semanas e a amniocentese só podia ser feita às 16 semanas… foi uma sensação horrível, a incerteza, a insegurança…. O ter que esperar sem nada poder fazer… não podia perder outro bebé… e na altura nem sequer sabia se seria capaz de fazer um aborto ou não… e a insensibilidade das pessoas que estão de fora, bem isso nem vos digo… como se fosso algo muito natural matar um bebé só porque tem uma doença… mas vou deixar o resto da história para depois…
Numa pesquisa sobre este exame acabei por descobrir que ele afinal não é assim tão preciso como dizem ser e duvido sinceramente por todos os relatos que encontrei que a falha deste rastreio seja apenas de 3%… Portanto sobre fazer este rastreio ou não o que devem verdadeiramente perguntar-se é: matariam o vosso bebé se ele tivesse alguma dessas doenças ou escolhiam tê-lo na mesma? Pergunta difícil não? Para mim também e muitas dúvidas houve mas hoje se voltasse a engravidar não faria este rastreio, pois, sei que jamais conseguiria sobreviver a um aborto propositado…