Boa semana #28
Mais uma semana passou, esta mais dentro da normalidade… ontem ouvi uma frase que me deixou um pouco a pensar: “Nenhum homem é uma ilha, completo em si próprio…” de John Donne, mas hoje em dia estamos cada vez mais isolados no meio de uma multidão… As novas tecnologias trazem muitas coisas boas, imensas oportunidades, mas acabamos por as usar erradamente e cada vez mais em excesso…
O isolamento não nos está intrínseco, o nosso instinto pede carinho, pede calor humano, pede interação, o ser humano implica a necessidade de contato e interajuda com outros. Fica muito claro que isso nos é nato quando vemos o método canguru ser aplicado em bebés prematuros com imenso sucesso. Para quem não conhece o método canguru este consiste em colocar o bebé (normalmente prematuro) no peito da mãe ou do pai sem roupa, de forma a ficar pele com pele em contato, colocando-se depois por cima uma mantinha para ajudar a manter a temperatura. Regra geral os bebés que estão com dificuldades melhoram imenso com este método.
Por isso, é-nos inato a necessidade de contato com os outros, antigamente via-se muito que os vizinhos se ajudavam muito uns aos outros, ainda se vê um pouco disso nas aldeias, mas nas cidades isso é cada vez mais raro. Vivemos praticamente dentro de caixas, em altura, com muitas vezes dezenas de pessoas a viver no mesmo prédio que na maior parte daas vezes nem se conhecem, vizinhos vão entrando e saindo sem sequer se chegue a saber quem são alguns deles…
Estamos rodeados de pessoas, muitas vezes estou aqui sentada e paro a olhar pela janela, vários prédios em volta, consigo ver os vizinhos da frente bem apesar de um pouco distantes, por vezes observo os cachorros no pátio, os gatos na janela, a televisão que fica mesmo à altura dos meus olhos quando aqui estou sentada, os vizinhos do prédio do lado, vou-me apercebendo pela roupa que tiveram mais um filho, a senhora com o gato que vive um pouco mais abaixo. Gosto de observar o que me rodeia e vejo muitos dos meus vizinhos, mas a realidade é que não conheço nenhum, estou rodeada de pessoas mas não deixo de estar quase que numa ilha porque não conheço quem me rodeia!
As pessoas saem cedo de casa, vão para o trabalho, passam o dia fechadas, muitas vezes a fazerem algo de que não gostam e depois regressam a casa no final do dia e pouco mais fazem do que fazer o jantar, deitar os filhos na cama e ir dormir e no dia a seguir tudo se volta a repetir, passam-se dias, semanas, meses nestas mesmas rotinas, muitas vezes sem tempo para a família ou amigos…
E depois agarramo-nos às novas tecnologias, redes sociais, telemóveis e mesmo quando estamos em família cada um está agarrado ao seu dispositivo, mesmo com amigos, famílias que dentro da mesma casa comunicam por Skype… chegamos ao exagero, tudo é bom na medida certa, como já disse diversas vezes. Adoro as novas tecnologias, permite-nos manter em contato com amigos que estão longe, com família que vive longe, permite-nos comunicar com facilidade, trabalhar a partir de casa, ter acesso a um sem número de informação que sem as novas tecnologias não teríamos. Por isso não é a tecnologia que é má mas sim o uso que se lhe dá…
Precisamos de voltar a estar mais em família, realmente a relacionarmo-nos, a criar ligações, memórias… é preciso resgatar o tempo de qualidade para estar com as pessoas que estão próximas de nós, deixemos a tecnologia para aqueles que não podemos ter por perto…
Nós não podemos sobreviver sozinhos, não fomos feitos para estar sozinhos, então vamos aproveitar ao máximo o tempo que temos para estar com as pessoas que nos são próximas… e o tempo passa tão depressa que quando nos damos conta já passou toda uma vida, então vamos deixar de desperdiçar a vida!
É um pouco o que fazemos nesta equipa de trabalho, usamos as novas tecnologias para trabalharmos a partir de casa, trabalharmos menos tempo, termos mais tempo em família e como adoramos o contato humano temos com frequência os eventos ao vivo, para que nos possamos conhecer em pessoa, estarmos juntos e deixamos as novas tecnologias para manter o contato quando estamos longe. Também gostavas de ter um negócio assim e mudar a tua vida? Espreita aqui como podes fazê-lo